Remoto e híbrido: o presente e futuro do mercado de trabalho

Para evitar a transmissão do vírus Covid-19 em 2020 muitas empresas tiveram que se adaptar e modificar os modelos de trabalho tradicionais. Assim, as formas de trabalho remoto e híbrido foram altamente difundidas e se tornaram favoritas dos trabalhadores. Uma pesquisa realizada em 2022, apontou que 58% dos brasileiros preferem as jornadas de trabalho híbridas e remotas.  

Especialmente prezado pelas gerações mais novas, o trabalho remoto consiste em permitir que os colaboradores realizem todas as suas atividades de locais que não sejam o escritório da empresa (de casa, ou espaços de trabalho compartilhados, os coworkings, por exemplo), sem ter a necessidade de se deslocar até o escritório. Enquanto o modelo híbrido, mistura o remoto com o modelo tradicional, dando ao colaborador autonomia para decidir os dias em que trabalha no escritório e os que trabalha de forma remota.  

Mesmo antes da pandemia, cerca de 3,8 milhões de brasileiros já exerciam suas ocupações remotamente, e de acordo com o IBGE esse número subiu para 7,3 milhões em novembro de 2021. Em uma pesquisa realizada pela Buffer, 98% dos trabalhadores dizem que gostariam de trabalhar remotamente pelo menos uma vez na vida.  

Dessa forma, é seguro dizer que os novos modelos de trabalho vieram para ficar. Alguns pontos positivos para os colaboradores da empresa são: 

• Equilíbrio e flexibilidade: com o trabalho híbrido ou remoto o trabalhador consegue ter um equilíbrio melhor entre sua vida pessoal e profissional, escolhendo quais horários se encaixam melhor em sua rotina;

Produtividade:  com a possibilidade de escolher o melhor local para trabalhar, o funcionário pode se concentrar plenamente nas suas atividades sem ruídos e interrupções, além de poder evitar deslocamentos em horários de pico, o que reduz o estresse. Com os colaboradores mais descansados e menos estressados, a produtividade é maior.

Uma pesquisa realizada pela Pulses mostrou que em 2020, cerca de 78% dos brasileiros se sentiam mais produtivos trabalhando de forma remota;

Qualidade de vida: por estarem no conforto de suas casas os colaboradores que trabalham no modelo híbrido e/ou remoto tem mais tempo para suas atividades fora do trabalho, além da possibilidade de passar o tempo que seria gasto no deslocamento até a empresa com suas famílias. 

Já para as empresas, alguns benefícios são: 

• Redução de gastos: uma das principais vantagens para o contratante é o corte de gastos mensais, como contas de água, internet, energia elétrica e infraestrutura em geral.

Há casos de empresas que ao adotar o modelo 100% remoto cortaram até mesmo os gastos com o aluguel. Por meio do programa “empresa sem sede”, todo o contato entre os colaboradores é feito por meio de plataformas digitais;

Retenção de talentos: em um estudo feito pela Great Place to Work, foi apontado que 64,7% dos trabalhadores preferem o trabalho híbrido, dessa forma, ofertar esses novos modelos de trabalho é um atrativo que pode ajudar as empresas a conseguir e manter colaboradores excepcionais;

•  Melhor gestão de tempo: com o auxílio das plataformas digitais fica mais fácil estruturar uma rotina e hábitos que melhoram na autogestão. Cada colaborador tem seu próprio ritmo e conhece os períodos do dia que são mais produtivos para si mesmo, assim consegue criar escalas e distribuir melhor o tempo investido no trabalho remoto;

 • Confiança: um levantamento feito pela Owl Labs informou que os colaboradores que trabalham em home office confiam mais nos seus empregadores e estavam mais inclinados a manter seus empregos pelos próximos anos comparados com os colaboradores que trabalhavam apenas no escritório.

Dessa forma, cabe às empresas pensar quais atividades ou quais áreas do seu negócio podem se beneficiar desses novos modelos de trabalho.  Talvez alguns setores se adaptem mais rapidamente enquanto outros tenham mais dificuldades, e é função da gestão auxiliar seus colaboradores caso optem por fazer essa mudança. 

Algumas dicas para ajudar no trabalho remoto são: 

• Capacitar a equipe para criar sua própria rotina flexível; 

• Investir em espaço e tecnologia para unir o digital e o presencial; 

• Fazer feedback de forma periódica; 

• Criar benefícios que atendam os dois formatos de forma justa; 

• Incentivar a comunicação digital das equipes. 

Mas é claro, tudo isso varia de empresa para empresa, de gestão para gestão, cabe a cada uma analisar e mensurar qual modelo de jornada de trabalho é mais vantajoso para o seu negócio e seus colaboradores.

 

Thaisa Grossmann - Produção de conteúdo Brasil Convênios.

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