Como a inteligência emocional te faz um líder melhor
Cada vez mais comentada no âmbito profissional, a inteligência emocional é considerada hoje em dia como um dos soft skills essenciais para um líder. Ela ajuda no autoconhecimento e nos relacionamentos interpessoais, porém, não são todas as pessoas que aprendem a, desde cedo, controlar suas emoções, boas ou ruins, de forma benéfica e produtiva.
A parte positiva é que a inteligência emocional é um conjunto de habilidades, que podem ser aprendidas e aperfeiçoadas.
Como a falta de inteligência emocional afeta o ambiente de trabalho?
Os conflitos e o estresse no ambiente de trabalho são inevitáveis, porém a forma como o líder reage a eles, influencia todo o resto da equipe. Líderes despreparados tornam o ambiente de trabalho um local tóxico, fazendo os colaboradores perderem respeito pela liderança, além de causar uma alta taxa de rotatividade na empresa e queda na produtividade. Segundo uma pesquisa realizada pela Mindsight, 61% dos profissionais já tiveram problemas com seus líderes, sendo boa parte deles, causados por uma comunicação ineficaz.
A equipe tende a refletir as emoções (e reações) do líder, então quando o mesmo sabe gerenciar o estresse e outros sentimentos negativos de forma a se tornarem uma motivação, ele ganha o respeito e a confiança dos seus colaboradores. De acordo com a Sociedade de Gerenciamento para Recursos Humanos (The Society for Human Resource Management), 72% dos colaboradores acreditam que os fatores mais importantes para a satisfação no trabalho são respeito e bons relacionamentos, até por que esses ajudam no clima organizacional.
Mas o que é a Inteligência Emocional?
Na visão da psicologia, a inteligência emocional é a capacidade de identificar e lidar com sentimentos tanto de si próprio quanto de outros. É um conceito que foi originalmente cunhado pelos pesquisadores Peter Salovey e John Mayer, porém, foi o psicólogo e escritor Daniel Goleman, o responsável por popularizar o conceito por intermédio de seu livro Emotional Intelligence, de 1995. Goleman diz que a inteligência emocional conta com cinco pilares principais, sendo eles, conhecer e controlar suas emoções, desenvolver a automotivação, a empatia e relacionar-se interpessoalmente.
O autor também diz que devemos nos atentar a dois fatores, a autopercepção e a heteropercepção, sendo a primeira a forma como nós percebemos nossas ações e reações, e a segunda, a forma como as outras pessoas nos percebem. Pensando nisso, focamos em um dos pontos chave para a inteligência emocional, que é a comunicação, e assim ser capaz de emitir mensagens de forma direta, usando não só as palavras, mas o tom correto.
Separamos algumas práticas para desenvolver sua inteligência emocional:
• Rastreie suas emoções, para lidar com elas, precisamos conhecê-las, uma dica é, ao final do dia anotar tudo o que se sentiu;
• Identificar seus gatilhos emocionais, que situação o levou a sentir raiva, alegria ou medo;
• Procure saber a percepção que amigos, família e colegas de trabalho têm de você e suas reações a situações;
• Atrase suas reações emocionais, se dê uma pausa para racionalizar antes de agir de forma precipitada, o famoso “esfriar a cabeça”;
• Se de um tempo antes de tomar decisões difíceis, uma boa noite de sono ajuda a desestressar e clarear as ideias;
• Tenha consciência que conflitos são passageiros;
• Chame as pessoas pelo nome;
• Observe e ouça as pessoas com atenção;
• Explique as suas decisões para os outros, isso ajuda a estabelecer uma relação de confiança.
Ao aplicar a inteligência emocional em nossas relações, sejam elas consigo mesmo ou com os outros, criamos ambientes mais saudáveis, não só no trabalho, mas em nossas vidas privadas também, aumentando o nosso bem-estar mental e qualidade de vida.
Thaisa Grossmann - Produção de Conteúdo Brasil Convênios.