Síndrome de Burnout: conheça sobre o esgotamento profissional
A Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio mental ligado à exaustão extrema causada pelo trabalho. Ela é o resultado de um acúmulo de estresse que pode ser provocado por condições de trabalho desgastantes, sejam elas físicas, emocionais ou psicológicas.
Foi descrita pela primeira vez em 1974 pelo psiquiatra Herbert J. Freudenberg que buscava mostrar a falta de atenção e cuidado aos trabalhadores de organizações. A síndrome pode acarretar em consequências como, estresse, ansiedade e depressão crônicas, sistema imunológico baixo, problemas cardiovasculares e gastrointestinais, entre outros.
Já para as empresas, a síndrome de burnout é um problema que afeta o rendimento dos colaboradores, e pode até causar baixas no quadro de funcionários em casos mais graves. De acordo com um levantamento da Escola de Economia de Londres, o Brasil chega a perder U$63,3 bilhões por ano por conta do afastamento do trabalho por estresse e depressão, ficando em segundo lugar no ranking mundial. Ou seja, além de comprometer a saúde mental dos funcionários, a síndrome também interfere nos rendimentos e realizações de metas das empresas.
Sintomas
Podem levar anos para que uma pessoa atinja um pico de estresse, por isso é primordial saber quais são os sintomas da doença para que ela seja identificada e tratada precocemente. Alguns sinais para ficar atentos são:
• Ausências no trabalho;
• Mudanças de humor;
• Agressividade e irritabilidade;
• Dificuldade para se concentrar;
• Ansiedade e depressão.
Ademais, dores de cabeça, enxaqueca, cansaço e insônia são algumas das manifestações físicas que podem estar ligadas à doença.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da doença é feito por meio de uma análise de um psicólogo ou psiquiatra, e o tratamento pode incluir o uso de medicamentos e psicoterapia.
Em uma situação como esta, ter o acompanhamento e suporte de uma rede de apoio, como familiares, amigos e colegas também é importante para um tratamento eficaz.
Também é essencial que novas práticas mais saudáveis sejam implementadas na rotina dos trabalhadores. Algumas dicas que podem ajudar a reduzir o estresse do trabalho são:
• Técnicas de relaxamento como meditação;
• Exercícios físicos: ótimos para reduzir o estresse, principalmente se praticados ao ar livre e se não forem de teor competitivo já que ajudam na produção de neurotransmissores que provocam a sensação de bem-estar;
• Atividades de lazer: tirar um tempo para sair com amigos e família ou praticar um hobby é fundamental para fugir da rotina e criar novas práticas saudáveis.
Além dessas novas atividades também pode ser necessário conversar com colegas e superiores e propor mudanças no ambiente de trabalho, seja na delegação de tarefas e prazos ou até mesmo nas dinâmicas e relacionamentos.
É preciso lembrar que para se trabalhar bem é preciso de saúde, tanto física quanto mental, e que estresse e sobrecarga são inimigos da produtividade. Então, se identificar esses sintomas em si mesmo ou em colegas, o ideal é buscar o auxílio de especialistas.
Para as empresas, a medicina do trabalho recomenda que sejam realizadas consultas periódicas anualmente, mas que esse prazo deve ser reduzido em casos que estresse e depressão sejam detectados de maneira precoce.
Thaisa Grossmann - Produção de conteúdo Brasil Convênios.